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09 de SET de 2013

Distância de casa influencia decisão de aceitar novo trabalho

Fonte: Valor Econômico
O deslocamento de casa até o trabalho é um fator que influencia quase metade dos profissionais na decisão de aceitar ou não uma proposta de emprego. No entanto, não chega a ser um impedimento na maioria dos casos. É o que mostra um levantamento da consultoria de recrutamento Havik com quase 700 profissionais, a maioria de nível gerencial e com residência na cidade de São Paulo, produzido com exclusividade para o Valor.
Segundo os dados, 48% levam em conta o tempo que será gasto para ir e voltar do trabalho ao avaliar uma proposta. "Quando as oportunidades profissionais aparecem com mais frequência, a pessoa fica mais seletiva. Nesse caso, o tempo que se leva até o trabalho vai ser levado em conta", diz Ricardo Barcelos, sócio-diretor da Havik.
No entanto, a maioria admite que não descartaria uma boa oferta de emprego mesmo se tivesse de enfrentar longos deslocamentos diariamente. Para 77%, a necessidade de gastar mais de 90 minutos no trânsito para chegar ao escritório não seria suficiente para desistir de uma vaga. Barcelos considera que esse resultado tem relação com o perfil dos entrevistados, em maioria gerentes com características comerciais, que já estão acostumados com deslocamentos da empresa até o cliente.
"O que vem junto com essa proposta que exige 90 minutos até o trabalho? É preciso avaliar o salário, os benefícios, a empresa, a perspectiva de crescimento e o cargo", diz. Na Havik, Barcelos percebe cada vez mais profissionais abertos a aceitar vagas no interior de São Paulo, mesmo morando na capital e enfrentando deslocamentos diários de mais de uma hora até a empresa.
Atualmente, apenas 6% dos profissionais que participaram da pesquisa enfrentam mais de 90 minutos no trânsito até o trabalho todos os dias. Em 40% dos casos, o deslocamento é de até meia hora, e 41% gastam entre 30 minutos e uma hora. Outros 13% demoram entre uma hora e 90 minutos. Para Barcelos, um desgaste no trânsito pode ter impacto direto no desempenho do profissional. "Quem mora mais próximo do trabalho consegue organizar a vida com mais qualidade", diz.
As empresas sabem disso. O sócio-diretor cita, por exemplo, a tendência cada vez mais frequente de oferecer aos profissionais a possibilidade de ter horários flexíveis e trabalhar de casa algumas vezes por semana. De acordo com Barcelos, essas práticas são encaradas como benefícios para driblar os problemas de trânsito nas grandes cidades, mas trazem outra vantagem. "Ações desse tipo costumam gerar níveis mais altos de produtividade e satisfação."
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