O desemprego subiu a 8,7% no trimestre encerrado em agosto, o maior desde 2012, quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a realizar a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua Mensal. A pesquisa foi divulgada nesta quinta-feira (29).
No mesmo período do ano passado, o desemprego registrado tinha sido de 6,9%.
Os indicadores da Pnad Contínua Mensal usam dados de trimestres móveis, ou seja, de três meses até a pesquisa. A de agosto, por exemplo, leva em conta dados de junho, julho e agosto. No trimestre anterior, encerrado em maio, o desemprego registrado tinha sido de 8,1%.
O número de desempregados chegou a 8,8 milhões, crescendo 7,9% na comparação com o trimestre de março a maio, com 647 mil pessoas a mais procurando emprego. Na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2014, o aumento foi de 29,6%, ou 2 milhões de pessoas a mais.
O número de pessoas com trabalho ficou estável nas duas comparações, segundo o IBGE, em 92,1 milhões.
O IBGE considera desempregado quem não tem trabalho e procurou algum nos 30 dias anteriores à semana em que os dados foram coletados. A Pnad Contínua usa dados de 211.344 domicílios particulares permanentes distribuídos em cerca de 3.500 municípios.
Número de carteiras cai 3% em um ano
O número de empregados com carteira assinada no setor privado caiu 1,2% na comparação com o trimestre de março a maio de 2015, 425 mil pessoas a menos. A queda foi maior na comparação com o mesmo período do ano passado, de 3%, ou cerca de 1,1 milhão de pessoas.
Em um ano, aumentou o número de empregadores (7,3%) e de trabalhadores por conta própria (4,4%).
IBGE vai acabar com duas pesquisas de emprego
No ano que vem, o IBGE vai acabar com outras duas pesquisas de emprego que divulga mensalmente: a PME (Pesquisa Mensal de Emprego) e a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário.
Segundo o instituto, a Pnad Contínua é mais abrangente que as outras duas.
Na última PME, com dados de setembro, o desemprego ficou estável no mês, em7,6%, o mesmo registrado em agosto.
Segundo o Ministério do Trabalho, o país perdeu 86.543 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto.
Luiz Antonio de Lima da Planefisco Consultoria Empresarial,
Em São Paulo (SP)